Por Flávia Fontes Oliveira
Era para ser uma última homenagem ao mês do sapateado, em maio. Continua sendo uma homenagem, embora a data não sirva mais.
Para mim, a fineza de Fred Astaire (1899-1987) sobrevive nos filmes na fixação de parecer fácil, como se sua dança e sua música fossem algo do dia a dia - mesmo que os registros indiquem que ele era perfeccionista, quase a ponto de deixar a equipe maluca, repetindo incansavelmente até chegar ao que acreditava ser o melhor.
Com Ginger Rogers (1911-1995), sua parceira em dez filmes, desenhou a dança nos filmes, como declarou Gene Kelly (1912-1996). A partir de sua naturalidade de fazer a dança como parte da narrativa, chamou atenção para seus atributos de intérprete e contribuiu para o gênero no cinema. Ele não apenas dançava, mas fazia (e faz) acreditar nos seus sentimentos, nos seus romances.
Apesar dos inúmeros filmes com Ginger Rogers, gosto muito de Meias de Seda (1957), com Cyd Charisse (1921-2008). Ele já não é tão novo, mas é sedutor e bem-humorado, cada passo parece ser perfeito – separei um vídeo abaixo.
Antes de finalizar, foi relançado recentemente o livro The Fred Astaire & Ginger Rogers Book (EP Dutton), de uma das minhas críticas favoritas, a americana Arlene Croce, crítica de dança da revista New Yorker de 1973 a 1998. Vale um comentário em outro post. Aguardem.
Demais!
ResponderExcluirNinguém superou Fred Astaire, o tempo passou e Fred foi eternizado como o MELHOR! Isto se chama IMORTALIDADE!
ExcluirEu queria essa leveza para mim...
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