Foram alguns raros e importantes momentos, quando entrei em especial conexão com o que dançava. Arrisco a concordar que a dança deve ser improvisada, deve mover-se antes da escrita. Quanto mais a fixamos, menos ela acontece a favor da sua “materialidade”.
Ainda sim, no dia a dia, busco por um estado de plenitude dentro desta escritura rígida. Acredito ser o desejo de todo bailarino atingir este estado. Por instantes de conexão que consigam ir além do mapa fixo e repetitivo que é uma coreografia. Acho determinante a conjugação de técnica, intuição e acaso nessa busca utópica e necessária.
Carolina Amares, 26, é bailarina do Grupo Corpo, dançou na DeAnima Ballet Contemporâneo, na Cia de Dança Deborah Colker e na São Paulo Companhia de Dança. Ela topou participar dessa série de peguntas para balarinos e artistas da dança. Foi a primeira. Sua desenvoltura, no palco e nas palavras, mostra as razões da escolha para inaugurar o espaço.
Carolina Amares na primeira audição da São Paulo Companhia de Dança Divulgação SPCD |
Belas palavras de uma artista corajosa, que leva a cena nada mais do que a si mesma desprendida de mascaras e tolices e movida pelo que ha de mais verdadeiro.
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